Villa em Roma com o único afresco Caravaggio não vende novamente. Villa Aurora – no centro da batalha legal – não atrai licitantes pela segunda vez a um preço reduzido de € 377 milhões (quase 2 bilhões).
Pela segunda vez em três meses, uma vila histórica de Roma que contém o único afresco no teto já pintado pelo mestre renascentista Caravaggio não conseguiu atrair um licitante.
Mais de quatro séculos após sua morte, aos 38 anos, o homem conhecido durante sua vida por suas brigas, prisões e processos, tanto quanto por produzir o que se tornariam muitas das pinturas mais conhecidas da história, ainda está causando polêmicas.
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A Villa Aurora, uma propriedade de 2.800 metros quadrados, é a peça central de uma amarga batalha legal entre a princesa Rita Boncompagni Ludovisi, nascida nos EUA, e os três filhos do falecido marido da princesa, o príncipe Nicolò Boncompagni Ludovisi.
A propriedade foi colocada à venda pela primeira vez em janeiro com um preço de € 471 milhões (R$ 2.4 bilhões milhões). Depois de não atrair licitantes, a venda foi reaberta na quinta-feira por 377 milhões de euros, um desconto de 20%. Mas o resultado foi o mesmo.
A próxima rodada acontecerá em 30 de junho com um preço inicial de € 301 milhões (R$ 1.5 bilhão), outro corte de 20%. Se ninguém comprar a esse preço, a princesa e os três filhos do príncipe terão que concordar em baixar ainda mais. Se isso não der certo, então um juiz decidirá sobre o preço para a quarta rodada.
De acordo com Beniamino Milioto, advogado da princesa, os interessados terão que fazer um depósito de 10% para se qualificar para a oferta, além de comprovação de ativos suficientes para fechar a venda e concluir um plano de restauração que custará pelo menos 10 milhões de euros.
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Milioto disse que, embora tenham havido várias manifestações informais de interesse, inclusive de Bill Gates, da Microsoft, ninguém completou o processo de qualificação para concorrer a nenhuma das rodadas.
A vila e sua propriedade estão sob a proteção do Ministério da Cultura da Itália, o que significa que, quando uma oferta qualificada for apresentada, o Estado italiano terá a chance de igualar o preço e transformar a vila em um local cultural. Uma petição pedindo que isso aconteça atraiu mais de 35.000 assinaturas, um nível que exige que o governo italiano, sem dinheiro, considere a aquisição. Mas não há indicação de que uma compra estatal esteja em andamento.
Fonte: The Guardian
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