
Décadas antes do termo “SUV de luxo” se popularizar, o Jeep Wagoneer já pavimentava o caminho. Lançado em 1963, o modelo revolucionou o mercado automotivo ao unir espaço, tração nas quatro rodas e um toque de sofisticação — muito antes de marcas como Range Rover e Lexus sequer existirem.
Enquanto os únicos concorrentes do Jeep na época eram veículos rústicos como o Chevrolet Suburban e o International Travelall, a Jeep criou algo inédito: uma perua robusta com DNA off-road e estilo refinado. O nome? Wagoneer.
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Um clássico de 1977 ainda em atividade
Glenn Evans, consultor financeiro da Mass Mutual, na Califórnia, é o orgulhoso dono de um Jeep Wagoneer 1977. Ele o comprou por apenas US$ 1.200 em 1995, um negócio surpreendente mesmo naquela época. “Ofereci US$ 1.200 e o direito de visita ao antigo dono. Ele aceitou na hora”, conta Evans.
Hoje, com mais de 235.000 km rodados, o veículo não só está funcionando perfeitamente, como também atrai olhares e propostas. Recentemente, Evans recusou uma oferta de US$ 30.000, provando que o valor dos SUVs clássicos está em alta — especialmente o Wagoneer.
Jeep Wagoneer: O SUV original com design inovador
Desde 1946, a Jeep produzia as chamadas “Utility Wagons”, com o modelo 463 sendo considerado por muitos como o primeiro SUV da história. Mas foi com o Wagoneer SJ, de 1963, que o conceito de utilitário esportivo começou a ganhar forma moderna.
O Wagoneer introduziu:
- Carroceria de quatro portas (uma novidade para a época)
- Suspensão dianteira independente (algo incomum entre veículos 4×4)
- Opções de tração nas quatro rodas com caixas de transferência Spicer
Inicialmente equipado com um motor 3.8L de seis cilindros e 140 cv, o modelo passou a oferecer um motor V8 de 5.3 litros em 1965, ampliando sua potência e apelo junto ao público familiar e aventureiro.
Evolução mecânica: V8, quadra-trac e potência real
O modelo de 1977, como o de Evans, contava com:
- Motor V8 AMC de 5.9 litros (ou opcional de 6.6 litros)
- Potência líquida de até 215 cv
- Sistema de tração integral permanente Quadra-Trac, da Borg-Warner
Essa configuração transformava o Wagoneer em um verdadeiro tanque para aventuras off-road, perfeito para trilhas, neve ou longas viagens.
“Uso o meu para pesca com mosca em estradas de terra. Ele nunca me deixou na mão”, diz Evans.
Grand Wagoneer: o fim de uma era e o início de outra
Em 1984, o Jeep Wagoneer deu lugar ao Grand Wagoneer, com ainda mais luxo, mantendo sua base robusta. O modelo permaneceu em produção até 1991, encerrando sua trajetória como o último veículo novo com carburador da linha Jeep — um marco histórico.
Durante 29 anos de produção, o Wagoneer consolidou sua imagem como um dos SUVs mais influentes de todos os tempos, inspirando gerações de veículos utilitários que vieram depois.
Wagoneer: um investimento que só valoriza
Hoje, com a crescente valorização dos SUVs vintage, um Wagoneer bem conservado pode facilmente ultrapassar os US$ 30 mil. “É um ótimo retorno sobre um investimento de US$ 1.200”, afirma Evans, com orgulho.
O Jeep Wagoneer não foi apenas um utilitário dos anos 60 e 70. Ele foi o pioneiro do conceito SUV moderno, reunindo capacidade off-road, conforto familiar e sofisticação em um só veículo. Estava muito à frente de seu tempo — e ainda hoje é um símbolo de originalidade, durabilidade e visão de futuro no design automotivo.
Fonte: Road and Track
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