Quando a quarentena do Covid-19 começou em Buenos Aires, Daniel Tenenbaum se instalou em seu hotel vazio para protegê-lo de qualquer eventual ocupação. Outros hoteleiros fecharam janelas e portas com tijolos. Quinze meses depois, com as fronteiras ainda fechadas, todos sofrem com a falta de hóspedes.
Apesar da reabertura que fizeram entre outubro e dezembro passado, os hoteleiros de Buenos Aires não percebem grandes mudanças em sua nova realidade de quartos vazios, corredores com luzes apagadas e silêncio no lobby. “A situação da indústria hoteleira na Argentina, e especialmente em Buenos Aires, é desastrosa. São 15 meses sem funcionar, com as empresas totalmente fechadas”, descreve Gabriela Akrabian, presidente da Câmara de Hotéis e proprietária do Hotel Wilton, com 97 quartos, no tradicional bairro da Recoleta.
E acrescenta: “Estamos totalmente desesperados porque sabemos que não se trata mais de esperar a próxima semana, mas que nosso horizonte é ver o que acontece em outubro”, quando se aproxima a primavera e com o avanço da vacinação podemos pensar em uma abertura para os viajantes, acrescenta.
Veja também:
- Veneza em perigo! UNESCO alerta para risco de extinção se cruzeiros continuarem na cidade
- Companhia aérea cria barraca de quarentena para passageiros que tenham sintomas durante voo
- Rede de hotéis Hilton já imaginava hospedagem na Lua em 1967. Veja planos bizarros!
Em Buenos Aires, cidade de três milhões de habitantes reconhecida mundialmente por sua intensa vida noturna e atividade cultural, existem cerca de 900 estabelecimentos hoteleiros, dos quais 70% estão fechados, segundo a Associação Hoteleira, que estima que sua atividade depende fundamentalmente de estrangeiros. turistas e eventos.
Veja também:
- Hotel sobre trilhos: é revelada nova rede de trens noturnos na europa. Saiba mais!
- Esta é a experiência gastronômica mais popular do mundo em 2021, de acordo com o TripAdvisor
- Madrid, Paris e Dallas: descubra preço de hotéis que fizeram reformas luxuosas e acabaram de reabrir
“Buenos Aires era o maior centro de convenções da América Latina”, diz Akrabian, lembrando os múltiplos congressos médicos que a cidade sediou, bem como grandes eventos culturais como a Feira do Livro, cancelada por dois anos consecutivos, ou o festival de música Lollapalooza. A situação é crítica, atualmente os hotéis em funcionamento têm uma ocupação média de 10% e a maior parte do seu quadro de funcionários encontra-se suspenso com pagamento parcial dos vencimentos.
Fonte: AFP
Fique por dentro das novidades na nossa página no Facebook Desejo Luxo ou no nosso site www.desejoluxo.com.br