O proprietário de uma série de bunkers subterrâneos de luxo diz que ficou surpreso com o aumento da demanda após o surto de COVID-19, e que dezenas de famílias já estão se protegendo da pandemia de coronavírus.
Robert Vicino lançou o projeto Vivos, com sede nos Estados Unidos, há mais de uma década, e sua base em Dakota do Sul, um antigo depósito do Exército, agora tem 575 bunkers fora da rede, capazes de abrigar mais de 5.000 pessoas. Ele também possui instalações menores em Indiana e na Alemanha. E a Austrália está agora muito em seu radar.
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Descrito como um “projeto épico de sobrevivência humanitária”, o empresário diz que teve a ideia dos abrigos há quase quatro décadas. “A motivação veio em 1982”, disse Vicino ao Nine.com.au “Foi pessoal. Era uma voz que eu tinha na minha cabeça que eu acredito estar relacionada ao Espírito Santo, e era muito clara.”
O chamado para o negócio de bunkers
“A voz disse que eu precisava construir bunkers subterrâneos grandes e profundos para salvar milhares de pessoas de algo que está vindo em nossa direção.
“A cada quatro ou cinco anos atrás, eu olhava para o projeto novamente e pensava se realmente queria ou não fazer isso. E em 2007 tive um sentimento muito, muito forte de que precisava prosseguir. Algo estava vindo, e em breve, e o mundo sentiria um grande caos.”
Detalhes dos bunkers
De acordo com Vicino, os bunkers têm autonomia de pelo menos um ano, com poços subterrâneos profundos fornecendo água doce, filtros que purificam o ar e até mesmo a capacidade de cultivar alimentos frescos. E se você teve problemas para encontrar papel higiênico no supermercado local nas últimas semanas, o Sr. Vicino também cuidou disso.
“Tivemos que fazer um pequeno estudo para descobrir a quantidade de papel higiênico que precisávamos. E fizemos a pesquisa e descobrimos que são 20.000 folhas por pessoa, por ano. “Essas instalações estão totalmente abastecidas, eles têm academias, pequenas clínicas cirúrgicas, até uma prisão. Se alguém precisa ser detido, podemos fazer isso. Há muita redundância. Temos dois fornos, dois fogões, dois microondas, dois de tudo. Se um falhar, você tem um backup. É muito chique por dentro, eu diria nível quatro estrelas.”
Valores
Se você está pensando em comprar na Dakota do Sul, então você precisa de US$ 57.000 (R$ 291 mil), e quanto você decidir gastar no interior é à parte. A Vivos tem o que chama de um fitout de quatro estrelas que custa US$ 179.000 (R$ 915 mil), embora Vicino diga que muitos estão optando por uma alternativa mais barata.
“Se você não pode pagar por isso, muitos estão fazendo seus próprios ajustes, e é como uma reforma. É como acampar sob a cúpula de concreto, em vez das estrelas”, disse ele. O ponto principal é que é um abrigo. Você pode torná-lo muito elegante e muito confortável.
Teoria do empresário
Embora os residentes já estejam ocupando as instalações de Dakota do Sul, não é apenas a pandemia COVID-19 que os preocupa. De acordo com Vicino, as verdadeiras preocupações médicas podem ser a menor das nossas preocupações. “Não é sobre o vírus, mas sobre as consequências”, disse ele. “Estamos vendo um colapso econômico, provavelmente veremos uma depressão mundial.
“Quando as pessoas ficam sem dinheiro, elas vão procurar comida. E é aí que vai ficar muito feio. Pode ser em duas semanas, pode ser em seis semanas, não sei. Elas vão sair e invadir o supermercado e esvaziar as prateleiras, e o supermercado vai ser destruído. Então, vão começar a ir de porta em porta. Vão entrar e pegar o que você tem, e será muito difícil se defender. Nesse momento, você quer estar em Vivos. Pense nisso como uma fortaleza. Você está a salvo de todos os saqueadores e anarquistas. Você não quer estar por perto quando as pessoas começarem a se matar pelo que têm. Os que não têm vão atrás dos que têm.”, finaliza o empresário.
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